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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA GOIANA
Coordenação: SALOMÃO SOUSA 

 

Foto: https://www.jornalopcao.com.br/

 

 

 

CRISTIANO DEVERAS

 

Nasceu em Goiânia, Goiás, Brasil, em 25/12/1972.
Vencedor do Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, da UBE, Goiás, em 2006 e 2012 com seu livro de estréia, Jantar às 11 e o Etéreo Ser de Carbono.
Menção Honrosa no Prêmio Lucilo Varejão do Concurso Lirerário da Cidade do Recife- 2008, com Coração de Pedra.
Organizador do projeto Bar do Escritor.

Participa des de 2010 da FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty – RJ.

 

 

ANTONIO ALMEIDA

BRITO, Elizabeth Caldeira, org.  Sublimes linguagens.  Goiânia, GO: Kelps, 2015.   244 p.  21,5x32 cm.  Capa e sobrecapa. Projeto gráfico e capa: Victor Marques.  ISBN 978-85-400-1248-6 BRITO, Elizabeth Caldeira, org.  Sublimes linguagens.  Goiânia, GO: Kelps, 2015.   244 p.  21,5x32 cm.  Capa e sobrecapa. Projeto gráfico e capa: Victor Marques.  ISBN 978-85-400-1248-6

Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

         CONSTATAÇÃO

Armazeno palavras
no oco oposto
da minha cabeça
e as despejo destratadas
de maneira tosca,
infiel,
entre as bordas brancas
de um pedaço de papel,
sem orgulho ou presunção,
sem plano ou meta,
escrevo palavras ao léu:
sou pobre, não poeta.



      MADRUGAL

Sequestro sorriso
da boca da noite,
anoiteço incertezas
atravessando as alamedas
das madrugadas frias
da vivência vazia
do estar
sem ser.



BELEZA IRREFLETIDA

Narciso no sertão
aflito,
não tem lago ao largo
para se ver refletido,
e vendo que não há Eco
para seus gritos,
se desespera,
e acaba afogado em lágrimas.



EXPIRAÇÃO
(em parceria com o filósofo Marcus Renato)

 

       Onde andará minha inspiração?
parece estar tão apagada
quanto esta caneta
que expõe meu penar.

De tão vadia é
deve estar
em um beco qualquer
(ela diria que está em um beco sem saída).

De tão livre é
deve estar num vasto campo
coberto de flores
(para ela, um campo de concentração).

De tão louca é
pensaria estar me inspirando,
entretanto, ela não percebe
que sequer estou respirando
(ela pensa que estou dormindo).

 

 

 

       UM NOVO EU

      Eu, que não sofria
de falta de ares
de arroubos e suspiros
de amores

Eu, duro como um prego
no madeiro,
altaneiro,
hoje cabisbaixo,
sinto fraquejar as forças,
mas ainda mantenho as poses.

Quisera eu, como um pensamento,
cruzar instantâneo
toda a extensão do firmamento
à fera que me rouba
os pensamentos.

Monstro triste e trágico
batizo-o saudade
quisera eu...
quimera eu...

 

 

 

       DOS DIAS EM QUE O CÉU DESABA

Eu, que não sou mais que um banido,
um pretérito, proscrito
deitado em gozo vilipêndio
de uma noite vinte vezes varonil
grito contra o véu da noite
tramando hoje os insucessos alheios
(pois já tive muito sucesso em fracassar).

Frio como o aço da baioneta
indago os céus e cobro vendavais
— Que caia agora a tormenta!
Deságue nos portos que destrua o cais
(porto seguro das minhas desconfianças).

Trovejam mágoas,
e chovem tristezas
em grossas gotas
misérias meninas e marotas
brincam de roda em minha volta
batem palmas e gritam
se exasperam, se animam, excitam emoções
pesadas e perdidas desditas;

E o céu não para de cair
minha quimeras não deixam de rugir
vendo as janelas chorarem
e a felicidade trancada do lado de fora
(desde que ela foi embora).

Quem a mandou sair sem as chaves?
Quem lhe abriu as portas em pares?

Quem tomou-lhe meu endereço,
o nome do lugar onde vivo
apodreço na minha sala-sepultura
quarto-caixão copa-cova solidão...

Ah! tristeza tanta!
Que sempre me acompanha,
que sabe da minha sina
e se espanta
com o mar de líquidos represados n´alma.

Anda!
Escancara o leito seco da minha dor,
pois apesar de jorrarem mágoas,
a fonte não transborda milímetro sequer.

 

 

 

*

 

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Página publicada em junho de 2021


 

 

 
 
 
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